sexta-feira, 27 de junho de 2008

Depois de assistir a tunda de laço que o Fluminense tomou do LDU nesta quarta-feira eu escrevi essa crônica..

Simplismente futebol

Que saudade dos tempos do futebol arte. A nostalgia da era Pelé que nem presenciei, o que sinto não é saudade e sim a sensação de vazio, não vi Beckenbauer, nem Rivelino. Não que a nossa geração não tenha os seus craques como Romário, Kaka, Ronaldinho Gaúcho, Renato Portaluppi entre outros, mas analisando nestes 145 anos do futebol mundial muita coisa mudou, evoluímos em todos os sentidos, assim facilitando para que craques tivessem mais oportunidades de mostrar o seu talento. E essa evolução só valoriza mais aqueles que conseguiram se destacar nas décadas de 50, 60 e 70. Mas a questão nem é os jogadores em si, mas no que o futebol se transformou nestas ultimas décadas. Quando falo em futebol arte não quero dizer o jogar bonito, mas sim o feito com paixão, hoje futebol não é mais uma questão de coração e sim negócio. O Brasil, tal país do futebol, nada mais é que a maternidade de futuros funcionários do futebol europeu, é como o café, nós plantamos, colhemos, separamos e o melhor e exportamos, enquanto nós ficando apenas com o resto. Não quero desprezar de maneira nenhuma os jogadores atuantes no Brasil, mas a realidade é essa, os times brasileiros são a vitrine dos clubes bilionários da Europa. O que mais me impressiona é que ainda assim, nós cidadãos do século XXI adoramos futebol, lotamos os estádios, gritamos o mais alto possível, aplaudimos, reclamamos e choramos porque como disse Bill Shankly “O futebol não é uma questão de vida ou morte. É muito mais importante que isso”. Agora eu penso como seria estar lá, quando era simplesmente futebol e nada mais.

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