Os últimos dias não são mais os mesmos, já tinha me acostumado com a ideia de que seria assim por um bom tempo e não pensei que do dia pra noite - literalmente - a rotina dos meus pensamentos fosse voltar a velha auto suficiência que duraram 18 anos. Sobrevivemos a tudo e aquilo que parecia não valer a pena nos deixa a lembrança de que o caminho certo é arriscar sempre, custe o que custar, se está tudo errado é porque não chegou ao fim, para então começar um novo capítulo, e quem disse que o futuro não cruza o passado? Só não espere sentado, a falta de ação é a única forma de fazer do seu destino incorrompível, por isso mexa-se pois uma simples decisão muda o fim do capítulo, você faz de você e da sua vida o que você quiser.

Essa semana eu tenho que escrever a tal da crônica e enviar pra seleção do Crônicas Faquianas III, o assunto é livre, mas deve ter um link com a UPF. As vezes com temas mais interessantes é difícil escrever, imagina vinculado com a universidade, até que surgiu a luz e eu lembrei do meu segundo lar - lar porque eu passo mais tempo na UPF do que em casa, nada mais justo do que encontrar meu canto preferido.. o bar do Percy! É o lugar mais legal da UPF, lugar onde eu conheci a maioria dos meus amigos, portanto fim de papo Gabarito´s Bar é o meu tema e assunto é que não vai faltar...

mas tudo isso só a título de curiosidade!

A sorte do orkut é uma auto-ajuda gratuita, claro que "Sorte do dia" já indica que sempre será algo bom, mas existem as más sortes, afinal nem todo dia a gente acorda com o pé direito e quando isso acontece sempre está ela lá, pronta pra lhe dizer algo agradável como - "você ganhará roupas novas hoje" ou "você terá uma velhice confortável". E agora as "sortes" foram renovadas, deixaram de ser previsões e se tornaram as famosas "pense nisso", citações mela cueca de como a vida pode ser melhor e coisas do tipo, como "Sorria, isso basta". Mas cuidado! Tenha sempre a mão um plano B, como chocolate, um homem ou qualquer coisa que faça a gente sentir que a vida é boa, porque como todo mundo, os funcionários videntes do google também tiram férias e um belo dia você pode dar de cara com um "a pessoa que lê a sua sorte está dormindo, não faça barulho".

Hoje chegou a SuperInteressante deste mês e a matéria de capa está estampada com o título “Cachorros: Porque eles viram gente”, abri a revista e fui direto na matéria principal para saber intensificar o motivo pelo qual eles se tornaram membros das famílias – intensificar porque pra mim existe um motivo simples e lógico, eles são as criaturas mais dóceis e fiéis que um ser humano pode conviver, o que nos deixa apegados a ponto de considerá-los, de fato, da família – abri a revista e comecei a ler o artigo que de início explicava o motivo para nós humanos gostarmos tanto daquele olhar inofensivo e aquele rabo batendo tão rápido quando as asas de um beija-flor – ta nem tanto, mas se pudessem fariam – a revista explica que os cães são os únicos animais que agem como filhotes depois de adultos e os humanos associam isto aos bebês, afinal de contas quem resiste a um sorriso de um bebê de poucos meses? Após a explicação começou um outro lado não tão agradável que fala dos efeitos colaterais da domesticação de animais que costumavam sobreviver da caça e não de ração. Deformações físicas afetaram algumas raças de cães em apenas um século, como por exemplo, o Buldogue, cão conhecido pelas suas “dobrinhas”, mas isso foi criação humana, a natureza o criou como um cão bem mais magro e atlético do que os nossos atuais brutamontes enrugados, que inclusive tem diversas dificuldades de respiração e locomoção devido ao alto peso. E ai é só o começo, expectativa de vida dos cães é cada vez menor, além das incontáveis doenças que os afetam. Enfim, parei por ai, quando percebi a Tisi – minha cadela- roncando nos meus pés e pensei: é melhor não saber certas coisas. Não considero ela como parte da família, não levo ela ao petshop, nem faço festinha de aniversário, não passa de uma vira-lata – que, aliás, são muito mais legais- e principalmente não a considero como um ser humano, ela é muito mais do que isso. Repetindo aquela velha e famosa citação: “Quanto mais conheço os homens, mais gosto do meu cachorro”.