quinta-feira, 5 de agosto de 2010

eu concordo

Depois de ler a publicação de Mateus Scherer intitulada "Porque tenho que ouvir o que você ouve?" na edição de quarta-feira d'O Nacional, não pude deixar de voltar a este blog, que nem o login lembrava mais, para expressar meu grito, tão ensurdecedor e irritante quanto os ruídos da tal publicação, de EU CONCORDO!
A evolução da tecnologia é notada pelos seus incontáveis benefícios à humanidade, mas aos domingos de sol, calor, neve ou geada, em que preciso passar pela Av. Brasil para chegar ao jornal, para mais um domingo de trabalho e vejo a mesma cena se repetir aos meus olhos, como uma selvageria neandertal, regada a cerveja e os mais altos decibéis que a tecnologia pode oferecer, sinto saudades do tempo do Repórter Esso que não vivi.
O conhecido "bobódromo" é apenas o resultado de um velho hábito passo-fundense - digo passo-fundense pois é onde vejo acontecer - de música alta da pior qualidade possível por metro quadrado. O que está sendo discutido não é o gosto musical de cada um, felizmente vivemos em um país livre, onde impera a "democracia", mas quando a questão é liberdade, deve-se ficar claro que a sua liberdade acaba quando começa a do outro e enquanto você tem liberdade de escolha de ouvir o que você quiser, eu tenho a liberdade - ou pelo menos teria - de escolher não ouvir.
Assim como a tecnologia oferece a mais avançada aparelhagem de som, ela também oferece um instrumento bem simples e útil, de todos os tamanhos, cores e preços chamado fone de ouvido ou para os mais céticos, um instrumento que acredito ter sido criado tempo depois da idade média chamado bom senso. Mas como se sabe que falta em muitos esses dois simples instrumentos, cabe às autoridades tomar partido da situação, que ao contrário dos primeiros, estes sim usam fones de ouvido - ou fingem usar - pois aparentemente não se incomodam e nem tomam atitudes para o fim desse péssimo hábito de "liberdade".


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