sábado, 27 de setembro de 2008

Ganhei um espaço no site do aspirante a cineasta Arthur Ferraz - ta aí nos links -
o site é super legal, fala de literatura, series de TV, cinema e principalmente tem o meu blog bem legal!

To mega cansada hoje, ainda vou tirar o fim de semana pra fazer o trabalho do padre querido, pra que melhor? E amanhã tem Grenal, vamos bota pra correr esses vermelinhos ai, que dessa vez não tem jeito o título é nosso e ninguém tira, o Grêmio gosta de tornar as coisas mais emocionantes e é por isso que eu amo esse time..

O Futebol

A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever. Ao mesmo tempo em que o esporte se tornou indústria, foi desterrando a beleza que nasce da alegria de jogar só pelo prazer de jogar. Neste mundo do fim de século. o futebol condena o que é inútil, e é inútil o que não é rentável. Ninguém ganha nada com essa loucura que faz com que o homem seja menino por um momento, jogando como o menino que brinca com o balão de gás e o gato que brinca com o novelo de lã: bailarino que dança com a bola leve como o balão que sobe ao ar e o novelo que roda, jogando sem saber que joga, sem motivo, sem relógio e sem juiz.
O jogo se transformou em espetáculo, com poucos protagonistas e muitos espectadores, futebol para olhar, e o espetáculo se transformou em um dos negócios mais lucrativos do mundo, que não é organizado para ser jogado, mas para impedir que se jogue. A tecnocracia do esporte profissional foi impondo um futebol de pura velocidade e muita força, que renuncia a alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia.
Por sorte ainda aparece nos campos, embora muito de vez em quando, algum atrevido que sai do roteiro e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho, além do juiz e do público nas arquibancadas, pelo puro prazer do corpo que se lança na proibida aventura da liberdade.
(Eduardo Galeano)

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